Dezembro - mês do Natal e de reflexão
Este é um mês super aterefado, tanto em casa como no trabalho. Ando mais ocupada do que nunca e estar grávida só faz com que tudo seja ainda mais difícil e cansativo. Gosto muito deste mês, por muito caótico que possa ser. Gosto do natal - do que o natal de facto simboliza.
Dezembro, é um mês de reflexão, de auto-análise. Por muito cansada e ocupada que esteja, tenho pensado muito sobre este ano e sobre o que é o natal realmente. Para além da oportunidade maravilhosa de estar com família, amigos, da comidinha tradicional e dos presentes. E, ainda bem que tenho pensado nisto. Não quero ter aquele sentimento dia 26, de que deixar passar o verdadeiro significado, de que o natal acabou e que deixei todas as outras coisas sobreporem-se ao que de facto acredito e me faz feliz.
Cresci numa família religiosa, mesmo que nós - os meus pais, os avós e o resto da família tivessem religiões diferentes, éramos/somos todos cristãos. Mantivemos tradições de família e cada casa mantinha as tradições religiosas. Cada um respeitando as diferenças do outro. O natal era diferente todos os anos, principalmente desde que os meus pais se divorciaram. Eu, sempre gostei de tradições, de consistência, de rotinas.
Sendo que, não foi sempre possível estar com as mesmas pessoas, ir ou estar no mesmo sítio. Para além da família que vai partindo e isso é o que custa sempre mais. Ao longo dos anos, fui perdendo o espírito natalicio, por todas as diferenças e mudanças que cada ano trazia. Até que me apercebi que me deixei afectar muito pelo que não é assim tão importante. Posso celebrar o natal - o nascimento de Cristo, em qualquer lugar, com qualquer pessoa, estando ou não ocupada. O sentimento está em mim e não no resto. A alegria e gratidão que sinto em acreditar em Cristo e na paz que sinto ao saber que ele nasceu e vive. Que me abençoa bem mais do que mereço, e que sou feliz e positiva o ano todo por saber que ele me ama.
Hoje em dia, a diversidade de opiniões e crenças são ainda maiores. A minha família é cristã e a do meu marido muçulmana. No natal, ou em qualquer outra ocasião, quando nos juntamos partilhamos sentimentos, pensamentos e opiniões com respeito. Aprendemos juntos, respeitamo-nos e amamo-nos.
Este natal, juntamo-nos, cristãos, muçulmanos, ateus, cada um sente de maneira diferente. A tradição que quero manter em mim é de me lembrar sempre que Cristo é a razão desta época. A tradição que quero criar com a minha família, toda ela, é que nos juntemos sempre com o coração cheio de gratidão e amor independentemente da crença. Acredito que era isto que Cristo também faria.
-Lace-it-girl
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