Diário da primeira gravidez - Parte III




Ainda sendo eu nova, neste maravilhoso mundo da maternidade, penso estar a ter um segundo trimestre pacifico. Entramos agora no sexto mês e a barriga que todos diziam ser muito pequena, deu um grande pulo. Eu e o pai estamos apaixonados por esta barriga, e cada vez mais com o seu crescimento. Mimo, nunca esta barriga teve tanto mimo. A bebé mexe-se mesmo muito. Fiquei contente por sentir a bebé se mexer, mas confesso que a sensação é estranha. Ou, foi bastante estranha nas duas primeiras semanas, agora já me habituei. A última ecografia foi novamente uma experiência linda e emocionante. Bendita tecnologia, que nos permitiu ver vários órgãos para além de ver a bebé em todas as posições com grande nitidez. Ficamos maravilhados ao ver de bem perto, o coração da bebé. A minha parteira, disse que tenho a barriga pequena para as semanas que tenho, mas que a bebé tem o comprimento certo e tudo demonstra ser uma bebé saudável. Nestas questões da saúde, também é preciso ter sorte, e eu tive muita. A minha parteira é uma querida e tem sido um grande apoio.


Ultimamente, tenho lido bastante e conversado com amigas sobre este maravilhoso mundo que é a maternidade. Opiniões e conselhos, no que me toca, são bem-vindos, são mesmo. Tenho também observado, que por vezes existe uma certa rivalidade/competição entre mães, nos mais variados aspetos. Há uma certa imposição de algumas mulheres sobre: 

-Parto normal ou cesariana. Parto normal com ou sem epidural. 
-Alimentação do bebé: mama ou biberão. Dar de mamar em publico - Esconder? 
-Dar ou não chupeta. Chuchar no dedo, sim ou não. 
-Ter acompanhante durante o parto ou não.

Na minha opinião, embora sendo inexperiente no assunto, cada pessoa e cada bebé são diferentes e tem necessidades diferentes. Cada mãe deve-se aconselhar com os especialistas na área da saúde e depois seguirem o seu instinto e coração. Não acho que haja melhor ou pior. Certo ou errado. Há claro, do ponto de vista clínico prós e contras que devem ser considerados, em cada um destes aspetos. Deve haver haver respeito pelas escolhas de cada mãe, assim como deve haver respeito por todos, nas suas escolhas e modos de vida. Todas as mães/pais são corajosos, pelo simples facto de trazerem alguém a este mundo, por lhes quererem o melhor e os educar. Competições entre quem sofreu mais, sozinha ou acompanhada, quem dá ou não de mamar, são desnecessárias. Somos todos diferentes. 
Neste momento, penso em ter parto normal, na água e sem epidural. Gostaríamos também de usar algumas técnicas do Hypnobirth. No que depender de mim, darei de mamar. Farei em público e não tentarei esconder, mas também não vou ’banalizar’ o que é para mim uma parte privada e um ato intimo entre mãe e bebé. Vejo na chupeta tanto de positivo como de negativo, e por isso, provavelmente darei à bebé e dependerá dela querer ou não - conheço bebés que rejeitaram. E, claro, quero muito ter o meu marido ao meu lado e em principio terei também uma doula.

É isto, por agora. Talvez venha a pensar diferente. Talvez. Acredito sempre, que não há certo nem errado nestas questões e respeito quem escolha diferente de mim. As mães/pais é que sabem. Sabem sempre.



-Lace-it-girl


CONVERSATION

1 comentários:

  1. Boa sorte Ana, espero que corra tudo bem :). À volta da maternidade há muitos fundamentalismos, e as coisas nem sempre ocorrem como planeamos, segue o teu instinto maternal. Beijinho grande e desejo-te uma hora pequenina =)

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