Costumo dizer que nasci para ser mãe. É verdade. Sempre quis e quero muito ter filhos.
Mas ter um filho não é uma decisão que se tome de ânimo leve. Neste sentido, tenho pensado muito. Ter filhos em tempo de crise? Quando será a melhor altura para ter um filho? Agora? Mas e a crise? Será melhor esperar algum tempo? Quanto tempo?
O que prevalece?
-A vontade/sonho/desejo de ter um filho
ou
-A crise [que tanto assusta]
É verdade que antigamente, a situação já não era muito famosa, já não era fácil e muitos casais tiveram vários filhos. É verdade. Mas quero dar aos meus filhos tudo o que eles merecem. E com isto, não falo em jogos e coisas materiais [embora isso também faça parte e tenha a sua importância].
Hoje em dia ninguém está seguro num emprego. Está tudo muito mais caro. Os salários descem e os preços aumentam. Isto é que me assusta.
Como qualquer casal [consciente] antes de tomar a decisão de aumentar a família, temos avaliado os prós e os contras desta decisão. Um de nós ganha pouco [mesmo pouco], e o outro não tem ordenado base [ganha consoante o que vende], ou seja, pode ganhar muito dinheiro num mês e depois estar vários meses sem receber nada. E pensar que poderá faltar algo ao meu filho ou que terei de pedir ajuda/alguma coisa a alguém (e.g. dinheiro aos pais, etc.), é algo que me assusta e não quero [mesmo]. As decisões são minhas/nossas e temos de assumir as consequências - responsabilidades das nossas decisões/escolhas.
Ter um filho [agora], quando as dificuldades económicas surgem a toda a hora, quando o emprego pode "fugir" a qualquer momento [porque não sabemos o que vai acontecer amanhã ou depois], é muito complicado.
Os tempos são difíceis, são mesmo. Desejamos muito ter um filho mas temos de equacionar vários factores. Temos uma vida boa, não me posso queixar, uma vez que tenho o essencial. Na verdade mais do que o essencial. Não me falta nada e sou grata por isso. É certo que podemos alterar o nosso estilo de vida em alguns aspectos, levar uma vida mais simples. Cortar em alguns bens não essenciais, como por exemplo deixar de ter T.V por cabo, ir ao cinema todos os meses, ir comer fora duas (ou mais) vezes por mês, usar menos o carro, entre outros pseudo-luxos. Mas ainda assim...
Faço o cálculo: € que entra (mensalmente) e € que sai obrigatoriamente (mensalmente)
O resultado não é muito bom. Não me tranquiliza. Como "emagrecer" as despesas? (mesmo as obrigatórias?)
Maternidade vs Crise
-Lace-it-girl
Quanto mais perguntares mais dúvidas irão surgir... Infelizmente os tempos não estão fáceis mas também não devemos deitar todos os sonhos abaixo! Vai chegar o dia em que serás mãe :)
ResponderEliminarMuito difícil essa questão. Mas, sabendo que se nasceu para ser mãe, é quase imperativo; mesmo tendo contra, a crise, o vencimento baixo, a casa pequena, a meteorologia e o diabo a quatro!
ResponderEliminarEu não sabia que tinha nascido para ser mãe, mas bateu-me tão forte que me arrependo de não ter sido mãe mais cedo, e ter tido mais filhos.
O privilégio de vivenciar este amor único e visceral deixa-me zonza de felicidade.
Basicamente é uma decisão emocional.
Beijinhos