Por muito tempo acreditei que a minha felicidade girava em torno de estar ocupada, essencialmente no emprego. Se eu estava ocupada, significava que eu estava a usar o tempo com sabedoria. Se eu estava ocupada, eu estava a provar a mim mesma que tinha capacidades e que era valiosa. Se eu estava ocupada, eu estava a criar possibilidades de uma vida melhor - o meu futuro. Ou seja, estava feliz por gostar e dedicar tanto tempo ao meu emprego. Qualquer ameaça à minha produtividade era uma ameaça ao meu senso de esperança e felicidade. Na verdade, adoro estar ocupada e adoro o meu emprego, isso não mudou. O que mudou é que começo a aceitar os dias de folga. Começo a rejeitar alguns trabalhos. Tento não dizer sempre "sim" e dedico-me mais aos amigos e família - vou mais vezes a Portugal. Leio os livros que ficaram a meio. Estudo mais. Vou mais vezes ao ginásio. A minha vida profissional e pessoal é dividida por uma linha muito tênue e/ou por vezes nem há qualquer linha (devido à profissão em questão), ainda que saia do trabalho e venha para casa, trago sempre mais trabalho. Uma amiga, há alguns dias me disse que duvidava que eu continuasse a morar na minha casa, porque quando me liga nas mais diversas horas do dia e da noite eu eu estou a trabalhar e por estar sempre a adiar os almoços, jantares e idas ao cinema que eu desmarco por estar a trabalhar. Felizmente financeiramente não me posso queixar, mas isto deve-se ao facto de ter trabalhado tanto nosúltimos meses. Agora, preciso abrandar e dedicar mais tempo às pessoas que amo. Preciso de espaço para fazer as coisas que gosto (para além do trabalho). Preciso de me dar a oportunidade de desconectar a mente do trabalho. Ainda que com os dias muito preenchidos pelo trabalho, acho que faço várias coisas e prazerosas, mas preciso passar mais tempo com a família e amigos. Ah e passar mais tempo com ele... Sim ele... Mas isso conto num outro dia.
-Lace-it-girl
Nada como encontrar o equilíbrio. Espero que tenhas encontrado o teu :)
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