Adormeci por volta das 23h e acordei às 2h. Viro-me para um lado, viro-me para o outro. O marido pergunta se estou bem, eu digo-lhe que não consigo dormir. Ele dá-me um beijo, abraça-me e pede desculpa por não conseguir ficar acordado comigo. Há lá homem mais querido. Eu vejo um filme, na tentativa de adormecer, mas sem sucesso. As 3:30h começa o dia a nascer, o que não ajuda. Gosto de dormir com tudo escuro, mas para meu azar aqui não há persianas e com a minha mania de querer tudo branco, as minhas cortinas brancas são e deixam passar imensa luz. Mudo de posição vezes sem conta. Fecho os olhos e tento me concentrar. Só me vem à cabeça de que não estou preparada para o parto. Que não suporto dores e que não vou mesmo conseguir. Tento me convencer de que fui feita para isto e estando ou não preparada, irá acontecer. Tento me lembrar que nos últimos meses já pensei que não sou capaz e também já ansiei por esse dia com alegria. Insónias. A culpa é das insónias. Para além de não conseguir descansar ainda me sinto desencorajada. O bebé parece não encontrar posição, assim como eu. Tenho fome e vou á cozinha. São 4:30h, o meu cão fica feliz por eu estar acordada. Já foi lá fora, já recebeu mimos, mas também já está de volta à cama dele e a ressonar. Eu faço um copo de leite com chocolate, duas torradas e sento-me a olhar pela janela. Já é dia. São 5:15h. Está tudo calmo. Não se vê uma única pessoa ou carro. Volto para a cama. O meu marido cada vez que se vira, pergunta-me se estou bem e antes de ouvir a resposta, já adormeceu. Não me importo de ter insónias, de vez enquando. Isso se não tiver de ir trabalhar de manha cedo, como é o caso. Às 8h comeco a trabalhar. Já sei que vai ser exatamente a essa hora, que o sono vai chegar e em grande.
-Lace-it-girl
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