O amor a crescer IV - Dois corações a bater


Tenho dois corações a bater dentro de mim. Diz-se que mãe é mãe, mas pai também é pai. Um não é mais importante do que o outro. Agora, mãe é mãe, no sentido em que o pai nunca saberá como é ter um segundo coração a bater dentro de si, nunca saberá o que é ter alguém que depende da sua respiração e nutrição. O sentir de dentro, o movimento do bebé. Sentir o bebé corresponder, quando estamos preocupadas ou quando dá-mos gargalhadas. Este privilegio, é só da mãe. Depois, vem o parto. Experiência que ainda desconheço. Mas, mais uma vez, o sentimento abrasador e de dor é de uma forma muito especial, única e intensa vivida pela mãe. O pai, sente e vive tudo de uma forma diferente. De uma perspetiva que também nos é desconhecida. O pai que deseja e ama tanto a mãe como o bebé, vive num equilíbrio de felicidade e preocupação. Como será ver a companheira numa montanha russa de emoções e mudanças físicas? Entender, apoiar e aceitar cada transformação da mãe. Saber que a mulher que ama está a gerar o seu filho. O pai sente um amor, ainda maior pela mãe. Uma gratidão e reconhecimento que só eles sabem e sentem.
Existem sentimentos e sensações exclusivas para a mãe e para o pai. Mas sentem os dois, o misto de ansiedade e expectativa. Sentem os dois o amor a crescer, a admiração e um certo medo. Para qualquer um dos pais, as palavras são sempre poucas e pouco abrangentes, para descrever os sentimentos durante esta e todas as outras etapas sobre a maternidade/paternidade. 
Eu, sou imensamente grata por esta enorme bênção da criação. Tanto, quanto sou grata por ter um marido maravilhoso que ainda antes de ser, já é, um fantástico e amoroso Pai.


-Lace-it-girl






CONVERSATION

0 comentários:

Enviar um comentário

Back
to top